1. Diálogo com o governo federal - Na campanha, Eduardo Leite assumiu um apoio crítico a Jair Bolsonaro. Disse que votaria nele para impedir a vitória do PT, mas que não se alinhava a boa parte das ideias do capitão da reserva. A realidade do Rio Grande do Sul exige uma interlocução próxima e produtiva com Brasília. A construção dessa ponte é obra delicada, mas possível. Os gaúchos Onyx Lorenzoni e Hamilton Mourão terão papel fundamental nessa engenharia.
2. Relações com a Assembleia - A formação de uma base de apoio parlamentar para garantir a aprovação das propostas do governo será decisiva. Privatizações e questões tributárias serão os dois pontos que servirão como termômetro. Leite enfrentará o desafio de não repetir a velha prática de trocar apoio por cargos e, mesmo assim, garantir votos suficientes das bancadas.
3. Segurança pública - Um dos maiores clamores populares do Estado precisará de atenção e de resultados rápidos, sob pena de corroer rapidamente o ativo político conquistado nas urnas.
4. Projeto de Estado - A rotina de um governo quebrado é uma arapuca que precisa ser contornada. Pressões de curto prazo tendem a desviar o foco e as energias das transformações profundas que, muitas vezes, terão efeitos lá na frente. Eduardo Leite terá que organizar sua agenda e sua pauta para não ser engolido pelos incêndios do dia a dia.