O Sintáxi engatou a marcha a ré. Entrou na Justiça para manter a bandeira 2 e para impedir a realização dos exames toxicológicos nos motoristas em Porto Alegre. Essas duas medidas fazem parte de um pacote da prefeitura que, se implantado, aumentaria a capacidade dos táxis de competirem com empresas gigantes de aplicativos.
Mesmo com bandeira 1, o preço das corridas de táxi não consegue competir com Uber, Cabify e 99. Por outro lado, o sindicato argumenta, com razão, que os motoristas estão estrangulados. Pagam pelas vistorias, pelo GPS, pela licença, pela carteira e, agora, teriam de pagar também pelo exame. Sou usuário de táxi, defensor do vermelho-ibérico e converso com os motoristas. Sei das dificuldades.
Só tem uma coisa que realmente não resolve. Achar que a inimiga dos taxistas é a prefeitura. Ela é a única capaz de impedir que a categoria sofra ainda mais os efeitos da mudança radical do mercado de transportes. Enquanto os taxistas e a prefeitura brigam, os aplicativos dão risada.