Três cidades gaúchas estão entre as mais limpas do Brasil. Marau ficou em primeiro lugar no Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana. Presidente Lucena ficou em quarto, e Não-me-Toque, em sexto. A pesquisa avalia, de acordo com as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a forma como cada município brasileiro destina o lixo sólido. Cada cidade recebeu uma nota, que varia de 0 a 1 – assim como no Índice de Desenvolvimento Humano, quanto mais próximo do 1, melhor é o desempenho.
Veja o ranking das cidades mais limpas do Brasil:
1. Marau (RS) – 0,827
2. Braço do Trombudo (SC) – 0,827
3. Sapucaí-Mirim (MG) – 0,824
4. Itapiranga (SC) – 0,820
5. Presidente Lucena (RS) – 0,817
6. Não-me-Toque (RS) – 0,812
No ano passado, o campeão foi Nova Esperança, no Paraná, seguido por Angelina, em Santa Catarina, e Itaipulândia, também no Paraná. O Rio Grande do Sul ocupou o quarto e o quinto lugar, com as cidades de Severiano de Almeida e Vale Real, respectivamente.
O estudo, realizado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb) em parceria com a PwC Brasil, levou em conta uma série de critérios, como o IDH da cidade, a extensão da cobertura da coleta de lixo, a porcentagem da população atendida pelos serviços de limpeza urbana, a sustentabilidade financeira dos municípios – capacidade da prefeitura de arcar com os custos de reciclagem, os estímulos financeiros feitos para a mudança comportamental da população, o percentual de lixo reciclado, o percentual do lixo destinado incorretamente – para lixões, e se existe alguma taxa voltada para a limpeza urbana.
Os resultados mostram que a região sul do país é a que melhor aderiu à PNRS. Entre as cidades com mais de 250 mil habitantes, outros dois municípios do Rio Grande do Sul também se destacam: Caxias do Sul e Canoas. A lei federal, promulgada há oito anos, prevê diretrizes para o desenvolvimento sustentável de acordo com as Nações Unidas. Se continuarem no ritmo atual, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná vão conseguir reduzir o impacto ambiental do lixo sólido produzido oito anos antes da meta estabelecida pela ONU, datada de 2030.
Dentre as cidades brasileiras pesquisadas, 76% têm acesso à coleta domiciliar de lixo. No entanto, o país ainda tem grandes desafios quando o assunto é sustentabilidade. O índice médio de reciclagem no Brasil não passa dos 3,7%.