É na sola da bota e na ponta da caneta. Dançarinos de chula de todo o Estado vão se reunir em Porto Alegre para estudar o sapateado gaudério. O primeiro Encontro de Chuleadores contará também com uma série de apresentações.
Pontos como a postura, conduta e preservação física dos dançarinos serão discutidos no evento por meio das Diretrizes do Departamento de Chula do Movimento Tradicionalista Gaúcho 2018.
– A chula deve ser um espetáculo, não pode ser agressiva. É uma disputa, mas tem que haver respeito com o oponente. A ideia do evento é unificar o entendimento das regras existentes – explica o presidente do MTG, Nairo Callegaro.
O documento traz informações bem específicas sobre como dançar a chula em concursos. Deslocar do lugar a lança sobre a qual se sapateia, por exemplo, zera a pontuação do participante. É descontado também se o dançarino repetir movimentos já executados pelo adversário – a chula geralmente tem formato de batalha entre dois homens.
O texto orienta ainda que crianças e adolescentes de até 14 anos evitem passos que envolvam bater os joelhos no chão. "Como estão em fase de crescimento, isso afeta os líquidos e cartilagens que visam à proteção do impacto", adverte o regulamento.