Descaminhonamento já. É o jeito de acabar com o terrorismo. Proibir os caminhões. Não a fabricação, mas a venda e o uso, a não ser pela polícia e pelas forças armadas.Escrevi o absurdo acima porque o atentado em Nice conversa de igual para igual com o debate sobre desarmamento nos Estados Unidos e no Brasil.
Uma pitada de utopia nunca fez mal a ninguém. Lá vai a minha: um dia, as pessoas não vão querer mais comprar armas. Jamais pensarão em usar caminhões para esmagar seres humanos inocentes. É disso que deveríamos nos ocupar primeiro. Não com o fato concreto. Milhões e milhões de americanos passam no supermercado e levam pra casa, junto com o pão e com o leite, um fuzil e uma pistola.
A pergunta é: por que eles fazem isso?
É a raiz cultural que responde, não a manifestação física do fenômeno. Os americanos compram tantas armas por dois motivos:
1) Porque acham que precisam.
2) Porque os outros americanos já compraram.
Todos gostam de opiniões fortes, posicionadas, cartesianas. Quando tenho pernas, fujo disso.
Um pouco por incompetência, outro pouco por prudência. E por acreditar nos meios-tons. Sim, existem. Então, não me interpretem com olhos de extremo. O que defendo não é o vale-tudo das armas e dos caminhões – em Nice ou em qualquer estrada brasileira povoada por assassinos potenciais ao volante, só que com outras motivações.
O que afirmo, por convicção, é que o controle externo só funciona se houver controle interno. Em cada indivíduo, no bairro ou na nação.
Controle interno se constrói com educação, amor, limite, família, mais amor, oportunidades e mais amor ainda. Não é polícia, nem Exército. É aquela voz interna. A primeira a nos dizer não. Literalmente. O controle externo fica para a exceção.
Para quando a voz falha ou a gente não ouve. E, se for exceção, pode nem ser tão grave.
A voz que diz "vai lá e mata em meu nome" pode ser qualquer uma, mas nunca a voz do necessário e verdadeiro pai.
Pódio
O dentista gaúcho Claudio Etzberger vai cuidar da boca dos atletas olímpicos que estiverem no Rio. Ele já faz o mesmo com Marcelo Grohe, Leo, Iago, Lucas Coelho, Bruno Collaço e Cláudio Winck.Também vai ter gaúcho no hipismo. O médico veterinário Jarbas Castro Junior será membro do grupo de cirurgiões e Leandro Andreoli Balen foi convocado como assistente do desenhador de percurso das provas. Tanto Jarbas quanto Balen atuam na Federação Gaúcha de Esportes Equestres.