Ticiano Osório
Nada contra os poetas que versam em guardanapos, mas Projeto Gemini (Gemini Man), que estreia nesta quinta (10), parece ter sido escrito em uma mesa de bar, a altas horas, por um bando de garotos menos interessados em contar uma história decente do que em gastar dinheiro (US$ 138 milhões) com seus brinquedinhos novos. No caso, uma tecnologia que permitiu a Will Smith, depois de ficar gigante e azulado como o Gênio da Lâmpada em Aladdin (2019), contracenar com uma versão mais jovem de si mesmo e uma projeção em 3D+, com 60 quadros por segundo – mais do que o dobro do habitual. Vale como experiência? Vale, mas, como filme, é tão genérico que, até terminar este texto, eu corro o risco de já ter esquecido muitas partes de sua trama. O básico você viu no cinema ou na TV trocentas vezes antes, talvez com figurinos diferentes: Henry Brogan é um atirador de elite a serviço do governo americano que decide se aposentar. Ao descobrir que seu último alvo não era um terrorista, ele passa a ser um problema para seus antigos empregadores, que empreendem uma caçada para eliminá-lo.
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