A cena instrumental gaúcha segue sendo o grande destaque na música feita no sul do Brasil. Por aqui, em cada rincão, surgem músicos talentosos e cada vez mais envolvidos no processo de produção, criação e projetos coletivos. Prova de que os recursos de divulgação e compartilhamento de obras tem ajudado muito o cenário autoral e independente.
Um exemplo é o Instrumental Picumã. Recentemente, tive a oportunidade de assistir ao projeto Quarta Aumentada, iniciativa que ocorre na Cidade Baixa, em Porto Alegre. Os guris estão criando um movimento e um local de encontro daqueles que apreciam e fazem a boa música!
O grupo formado por Texo Cabral, Miguel Tejera, Matheus Alves, Paulinho Goulart e Bruno Coelho, quase todos oriundos do movimento dos festivais nativistas e com larga experiência com outros artistas, convida sempre outros músicos da cena instrumental a se apresentar por lá.
Todas as quartas-feiras, portanto, o Amadeus Lounge se transforma em um galpão urbano, onde a música de inspiração regional respira e dialoga sem rótulos ou preconceitos. No dia que assisti, teve o show do Balaio de Sons, parceira do violonista Gabriel Selvage com o acordeonista Luciano Maia. Na última quarta-feira, a parceira de Matheus Alves, no violão, com Guilherme Goulart na gaita.
O Instrumental Picumã venceu em 2018 o Prêmio Açorianos de música como melhor disco instrumental e revelação.