A Pesquisa de Satisfação do Passageiro, da Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, divulgada na semana passada, avaliou bem especialmente dois quesitos no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre: o tempo gasto na imigração e o cuidado com as bagagens, além dos quesitos cordialidade e prestatividade dos funcionários do check-in. Ao conferir a pesquisa, lembrei de duas observações que fiz ao passar pelo aeroporto na semana passada, uma negativa e outra positiva:
- Acompanhava duas pessoas que embarcariam para Lisboa, em voo da TAP, e aguardavam na fila já por cerca de meia hora. Sem bagagem para despachar, elas haviam feito o check-in no aplicativo da companhia e apresentaram o cartão de embarque no smartphone, mas não puderam ingressar com ele. Tiveram de ir ao balcão de check-in para imprimir o cartão. Puderam passar direto na volta, mas teve todo o tempo perdido e o estresse de fazer uma corrida pelo aeroporto quase na hora do embarque.
-No retorno de um voo doméstico, uma pessoa que estava comigo percebeu que havia perdido um par de óculos de sol. Já havíamos saído do aeroporto havia pelo menos duas horas quando a falta foi percebida. Procuramos pela casa, refizemos o caminho até a entrada do prédio e telefonamos para o motorista do aplicativo. Nada. Tentei então, como último recurso, um contato com o "Achados e Perdidos" do Salgado Filho. Fui atendida de forma solícita, descrevi o objeto e, sim, ele estava lá, já no setor localizado no Terminal 1 (nós havíamos desembarcado no Terminal 2). No dia seguinte, sem muita burocracia, o resgatamos intacto. E lá se foi um estrangeiro com uma boa impressão do Brasil (estamos precisando, não?!).