Divulgada pela coluna no fim de semana passado, a proposta de criação de uma Autoridade Federal para cuidar da reconstrução do Rio Grande do Sul dividiu o empresariado, ao mesmo tempo em que conquistou novas adesões. Ainda que todos concordem com a necessidade de um movimento cívico, capaz de unir todos os setores da sociedade para reconstruir o Estado em outro patamar de desenvolvimento socioambiental e inovação tecnológica, a criação de uma agência enfrenta resistência entre os empresários.
A carta já conta com mais de 200 assinaturas. Entre os últimos que aderiram ao movimento estão o arcebispo Dom Jaime Spengler, presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o líder budista Lama Padma Santem, e os empresários Airton Zaffari e Luiz Carlos Mandelli. Também entraram na lista o ex-ministro da Educação Henrique Paim, o professor emérito da UFRJ José Luis Fiori, o ex-deputado Beto Albuquerque e o desembargador Jaime Weingartner Neto.
O general gaúcho Santos Cruz, que foi ministro no início do governo de Jair Bolsonaro, encaminhou ao ex-governador Tarso Genro uma mensagem de apoio à ideia de passar por cima das divergências. Santos Cruz escreveu:
“Parabéns! O abandono de algumas disputas que são normais em tempos normais para se unir em torno da nobreza de alguns objetivos é fundamental em certos momentos. Esse é um deles, até com atraso. Durante a catástrofe no RS, o comportamento de alguns grupos extremistas foi medíocre e vergonhoso. Eu vejo no Brasil, no atual momento, a necessidade de expandir esse comportamento civilizado para um contexto mais amplo da vida nacional”.
A carta já está disponível para assinatura no site do instituto Novos Paradigmas. Lá também é possível conferir quem assinou.
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