O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Criado em maio para dar suporte à recuperação da catástrofe climática, o Ministério da Reconstrução do Rio Grande do Sul está em seus dias derradeiros. A medida provisória (MP) que criou a estrutura chefiada por Paulo Pimenta terá a vigência encerrada na quarta-feira (11) sem apreciação no Congresso Nacional.
Com isso, Pimenta reassume o comando da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), e a pasta sediada no Estado será transformada em um órgão com status de secretaria, o que não depende de aval do Legislativo.
A estrutura deverá ficar subordinada ao Ministério da Casa Civil e ser comandada por Maneco Hassen, atual número 2 na hierarquia do Ministério da Reconstrução.
Pimenta esteve em Brasília no final de semana para as celebrações da Independência e retorna nesta semana ao Rio Grande do Sul para apresentar o balanço completo do trabalho no Estado desde o dia 15 de maio.
Como legado do ministério extinto, será apresentada a criação de um "sistema de governança" para gerenciar as obras estruturais planejadas para conter as cheias futuras no RS, que serão bancadas por um fundo criado pela União. O arranjo é fruto de entendimento com o governador Eduardo Leite, que vai liderar esse sistema ao lado de Pimenta e do titular da Casa Civil, Rui Costa.
Na prática, a despeito da extinção do ministério, Pimenta manterá o status de principal interlocutor para assuntos da reconstrução no governo federal, deverá fazer viagens frequentes ao Estado e manter contato permanente com o governo estadual.
Nos últimos dias, a relação entre o governador e o único ministro gaúcho da Esplanada se estabilizou, após passar por altos e baixos. No sábado (9), os dois posaram para fotos juntos durante o desfile da Independência que homenageou o Rio Grande do Sul na capital federal.