As críticas do governador Eduardo Leite ao governo federal, dizendo que a demora na liberação de recursos atrasou o anúncio de medidas estaduais em favor das empresas, incomodaram o ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta.
Apesar de dizer que não vai entrar em disputa com Leite, Pimenta encaminhou nota à coluna respondendo com números às críticas do governador e disse que já foram liberados R$ 19 bilhões para o Rio Grande do Sul fazer frente aos danos causados pela enchente.
Na nota, Pimenta diz que foi surpreendido com as críticas, feitas em evento público na segunda-feira: “Sua fala não é nem justa e nem representa a verdade sobre os fatos. O governo federal tem feito um grande esforço para responder às demandas do Rio Grande do Sul. E vamos continuar”.
O ministro citou uma série de dados para contestar as afirmações de Leite. A saber:
- Em apoio aos pequenos negócios afetados pelas enchentes, foram liberados R$ 2,25 bilhões, via Pronampe, beneficiando 22.942 empreendimentos.
- A linha emergencial do BNDES já autorizou R$ 2,6 bilhão em crédito para 1.172 clientes.
- Através do Pronaf/Pronamp, foram transferidos R$ 225,69 milhões como crédito para os agricultores.
- Até agora, 323 mil famílias gaúchas atingidas já receberam o auxílio de R$ 5,1 mil para iniciar a reconstrução das suas vidas. Isso representa um investimento de R$ 1,4 bilhão por parte do governo federal.
- O auxílio de manutenção de emprego beneficiou 76.251 trabalhadores, o que equivale a R$ 113 milhões em pagamentos.
- Já foram aprovados 808 Planos de Trabalho de prefeituras para reconstrução de seus municípios, o que equivale a R$ 750,9 milhões em repasses.
- Ainda em benefício dos municípios, foram enviados R$ 313,9 milhões como uma parcela extra do Fundo de Participação para 96 prefeituras em estado de calamidade.
O ministro lembra que os números podem ser acessados no sistema de dados abertos, no site do Brasil Participativo.
"Estamos trabalhando diuturnamente para resolver os problemas enfrentados pelos gaúchos. O governador sabe disso e deveria estar agindo para complementar essas políticas e ajudar, não buscando a politização e o conflito entre esferas federativas. Não vou fazer disputa política com ninguém neste momento que o Rio Grande precisa de união", conclui a nota assinada pelo ministro.