O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Ao lançar programas de apoio a pequenos empresários nesta segunda-feira (15), o governador Eduardo Leite reclamou que promessas do governo federal atrasaram a implementação dos auxílios ao setor. Durante o evento no Palácio Piratini, o governador disse que as expectativas de receber novas ajudas "retardaram" a ação do governo estadual.
— Em muitos momentos nos disseram: "Vai vir um recurso a mais, o governo vai colocar um pouco a mais. Ah, veio R$ 30 milhões para o Banrisul (Pronampe) mas deve vir um novo anúncio". E ficamos esperando, porque se viria outro anúncio, não colocaríamos recurso nosso. Mas nós cansamos de esperar. E estamos colocando recursos do Estado para ajudar o setor privado nesse reerguimento — afirmou Leite.
No ato, o governador também disse que a União ainda não enviou recursos suficientes para a recuperação do Estado. Ele disse que ainda aguarda novos anúncios, mas que parte do que foi divulgado até o momento "não se fez sentir" na vida real do Estado:
— Há um sentimento, em diversos setores econômicos, de impaciência e inconformidade com essa situação. Estamos demandando mais.
Questionado, Leite disse que não acredita que o atraso esteja relacionado ao fato de ser um governador de oposição, mas de uma falta de compreensão sobre a extensão dos danos sofridos pelo Rio Grande do Sul.
Uma das queixas de Leite recai sobre o programa de manutenção de empregos implantado pelo governo federal, que as empresas consideram insuficiente e relatam dificuldades de acessar. Leite defendia a adoção do benefício emergencial (BEM) adotado na pandemia.