O município de General Câmara enfrenta um caso clássico de burocracia que atravanca o andamento das políticas públicas. Na enchente, o município perdeu 108 moradias. Com 40 pessoas na lista de espera por moradia, o prefeito Helton Barreto (PP) identificou uma saída rápida e sem custo: o uso de 25 casas do Exército, em bom estado de conservação, vazias e prontas para serem ocupadas.
Em junho, depois de 30 dias de insistência do prefeito, técnicos da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e da Caixa Econômica Federal foram à cidade vistoriar as casas. O Exército, que as construiu quando a cidade recebeu o Arsenal de Guerra, repassou as moradias para SPU, mas até agora nenhuma família foi alojada.
— É muita promessa e pouca ação. O pior é passar todos os dias e ver as casas fechadas. Ainda tenho nove famílias alojadas num ginásio e outras no aluguel social — desabafa o prefeito.
A coluna descobriu que o problema é a burocracia mesmo: o processo está na Casa Civil, esperando uma decisão sobre a forma como as casas serão repassadas — se para a prefeitura ou diretamente para as famílias.