Pelo terceiro ano consecutivo, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul atingiu 100% no índice de produtividade medido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A informação consta em relatório publicado nesta semana pelo CNJ, que considera dados registrados em 2023.
Os tribunais estaduais de Roraima, Rondônia e Amazonas atingiram a pontuação máxima, mas a Corte gaúcha foi a única a marcar esse índice entre as consideradas de grande porte - que inclui os TJs de São Paulo (67%), Rio de Janeiro (64%), Minas Gerais (61%), Paraná (68%) e Bahia (87%). A média geral é de 67%.
O relatório Justiça em Números mostra também que o Judiciário gaúcho tem o maior índice de produtividade de servidores e o oitavo maior entre magistrados.
Presidente do TJRS, o desembargador Alberto Delgado Neto atribui os resultados ao "profissionalismo" na gestão da Corte:
—Temos critérios de qualificação mínima na seleção de servidores e na ocupação de cargos que seguem critérios de interesse público. No caso dos magistrados, nossa escola da magistratura é a mais antiga do país, que oferece diversos cursos ao longo do ano.
O relatório ainda demonstra que o Judiciário gaúcho é o terceiro que mais recebeu casos novos na proporção do número de habitantes de sua jurisdição, antecedido pelas cortes de Rondônia e do Distrito Federal.
De acordo com o documento, o TJRS é o segundo tribunal com maior representação feminina entre juízes e desembargadores: 46,8%, atrás do TJRJ, com 48,7%. Entre os servidores, 59,4% são mulheres, índice acima da média nacional, de 56,9%.