O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Os Estados do Sul e Sudeste estão se articulando para pleitear, em Brasília, a criação de um fundo constitucional que atenda as duas regiões. Na prática, isso significaria obter recursos do governo federal para financiar setores produtivos.
Hoje, os fundos constitucionais existentes beneficiam apenas as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Só em 2023, cerca de R$ 65,4 bilhões foram destinados a operações de crédito para empresas destes lugares.
A mobilização para a criação do fundo Sul-Sudeste foi discutida durante encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), neste final de semana, em Porto Alegre.
Na reunião, o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, recebeu seus pares do Paraná (Ricardo Barrros), São Paulo (Jorge Lima) e Minas Gerais (Fernando Passalio), além do diretor da Autoridade do Desenvolvimento Sustentável do Rio de Janeiro, Paulo Protásio.
Os secretários também combinaram uma articulação conjunta por outros temas, como a aprovação, na Câmara Federal, do projeto de lei que permite agências de fomento (como Badesul e BRDE) a emitirem um novo título de crédito para contrair recursos.
Outra ação conjunta será participar de eventos fora do Brasil mostrando o potencial do Sul e Sudeste em áreas como turismo, inovação, geração de energias renováveis, produção industrial e produção de alimentos.
Além disso, os secretários também pleitearam aos governadores espaço para acompanhar a regulamentação da reforma tributária, o que hoje é feito apenas pelos titulares da Fazenda.