O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
O governo do Rio Grande do Sul vai erguer um novo hospital na região metropolitana de Porto Alegre. Dedicada a atendimentos de média e alta complexidade, a unidade de saúde terá capacidade para cerca de 600 leitos e será construída no município de Viamão, mediante parceria público-privada (PPP).
O prédio ficará no terreno ao lado do atual Hospital de Viamão, em área cedida pela prefeitura. A cidade foi escolhida em razão de um estudo de demanda da Secretaria Estadual da Saúde (SES) apontar déficit de vagas para o atendimento com especialistas no município e na região.
A formulação da PPP é conduzida no governo do Estado pela Secretaria de Parcerias (Separ). Por meio da pasta, está sendo contratado o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para estruturar o projeto. O contrato com o BID já está pronto e será assinado nos próximos dias.
Construir e administrar
Pelo modelo concebido, será contratada uma empresa privada para construir e, depois, administrar o hospital por um tempo determinado, que deverá ser de 25 ou 30 anos. Nesse período, o governo estadual vai repassar recursos para bancar a operação.
—Sai mais barato para a sociedade fazer nesse formato, em que usamos a capacidade de fazer mais rápido e mais barato da iniciativa privada, colocando o Estado na posição de fiscalizador — explica o secretário de Parcerias, Pedro Capeluppi.
Quando a PPP for a leilão, o vencedor será quem oferecer o maior desconto nos repasses do governo estadual para prestar o rol de serviços indicados no edital. Se quiser, a empresa também poderá oferecer atendimentos particulares, desde que cumpra todas as atividades demandadas no contrato. Após o fim do prazo da PPP, a estrutura do hospital volta para as mãos do Estado.
A expectativa do Palácio Piratini é de que as obras do novo hospital comecem em cerca de um ano e meio, ainda na gestão de Eduardo Leite.