São remotas as possibilidades de o presidente Lula vir ao Rio Grande do Sul no início de setembro para a Expointer. O mais provável é que o governo federal seja representado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelos ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Paulo Pimenta (Comunicação Social).
A avaliação interna de que será melhor vir no próximo ano, quando o governo terá mais resultados para mostrar ao agronegócio, com o aumento dos recursos para o Plano Safra e o distensionamento das relações com o campo.
No início de agosto, o presidente da Conab, Edegar Pretto, disse à coluna que o presidente estava avaliando a possibilidade de vir ao Estado para a abertura da feira. Apesar disso, a vinda de Lula nunca chegou a ser confirmada.
Lula participou da abertura da Expointer em 2003 e 2010. Na primeira visita, havia o temor de vaias, porque Lula recém havia iniciado o mandato, mas a participação ocorreu sem incidentes.
Em 2010, no fim do segundo mandato, Lula também foi recebido sem incidentes. Tinha conseguido pacificar o setor com a indicação de Roberto Rodrigues para o Ministério da Agricultura e com o aumento dos recursos para financiamento do agronegócio.
O cenário é diferente agora. Apesar do anúncio de medidas demandadas pelo setor, como a garantia de financiamento da produção, o clima ainda é tenso. O temor de que o MST retome as invasões de terra, somando a declarações hostis de Lula contra o agronegócio, afasta o presidente do setor.
