Ameaçada de processo na Comissão de Ética, a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) mobilizou seu mandato em defesa da permanência dela e de outras cinco deputadas na Câmara. Dezenas de pessoas se reuniram no sábado em Porto Alegre em defesa das seis deputadas - além de Melchionna, são alvos do processo as parlamentares Célia Xakriabá (PSOL-MG), Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Erika Kokay (PT-DF) e Juliana Cardoso (PT-SP).
O ato reuniu deputados, sindicalistas, artistas, intelectuais, líderes do MST e figuras públicas de diversos partidos de esquerda para protestar contra a rapidez com que o presidente da Câmara, Arthur Lira, abriu a ação na comissão de ética. As seis deputadas estão sendo processadas por ter chamado o Marco Temporal de “genocídio legislado”, entre outras acusações a colegas.
Além de Melchionna, estiveram presentes o ex-governador do RS Olívio Dutra, o ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont, a deputada Luciana Genro, presidente do PSOL-RS , os deputados federais Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Célia Xakriabá, (PSOL-MG), Maria do Rosário (PT-RS), Orlando Silva (PCdoB-SP e Reginete Bispo (PT-RS), e os deputados estaduais Adão Pretto (PT) e Bruna Rodrigues (PCdoB).
As deputadas reclamam que enquanto os pedidos de cassação de parlamentares que fizeram apologia ao ato golpista de 8 de janeiro está na gaveta de Lira, os processos contra elas “andam a toque de caixa”.