A propósito da afirmação da coluna de que as obras de reforma de escolas públicas no Rio Grande do Sul andam a passos de tartaruga, o Palácio Piratini diz, por meio da assessoria, que “tem muita coisa sendo feita e andando”. No momento, são 113 escolas com algum tipo de obra em andamento, bancadas pelos R$ 57 milhões do orçamento da Secretaria de Educação, além dos R$ 30 milhões extras destinados a todas as escolas.
Um balanço informal cita exemplos de obras em andamento ou concluídas nos últimos meses. A saber:
- Desinterdição do Instituto Pedro Schneider, de São Leopoldo - R$ 1,4 milhão - Reparos das instalações elétricas, da cobertura, da pavimentação e da pintura, além da instalação de uma subestação de energia
- Instituto Estadual de Educação Professor Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Santana do Livramento - R$ 150 mil - novo o muro pré-moldado de 157,5 metros de extensão
- Melhorias na Escola Pedro de Oliveira Flores, de Santa Rosa - R$ 277 mil - Reforma geral da cobertura do bloco 1 e das caixas d’água
- Escola Madre Madalena, de São José do Inhacorá - R$ 160,8 mil - renovação da cobertura do bloco administrativo, onde funcionam secretaria, direção, coordenação e laboratório de ciências, que estava parcialmente interditado
No fim de semana passado, o governo também deu ordem de início das obras da Escola Estadual de Ensino Médio Alexandre Zattera, de Caxias do Sul, no valor de R$ 1 milhão, para reforma das instalações elétricas, novas coberturas no prédio de salas de aula, além de reforços estruturais, incluindo a substituição do forro de madeira por forro e beirais de PVC e adequação do esgoto pluvial e caixa de gordura existentes.
Na quarta-feira, as secretárias de Obras, Izabel Matte, e de Educação, Raquel Teixeira, apresentaram ao governador Eduardo Leite a situação das obras. Izabel disse à coluna que ainda está sendo discutida a governança e o acompanhamento das obras. A Secretaria de Comunicação prepara a divulgação de um relatório completo para depois do retorno de Leite dos Estados Unidos.
Comissão da Assembleia monitora obras
A impressão de que as obras nas escolas andam a passo de tartaruga é compartilhada pela presidente da Comissão de Educação da Assembleia, deputada Sofia Cavedon (PT). Sofia chama atenção para o sistema de Monitoramento das Obras Escolares, lançado na terça-feira (2) pela Comissão de Educação em parceria com o Departamento de Tecnologia da Informação do Legislativo.
— O sistema interativo de monitoramento foi criado para fazer o acolhimento das demandas e dar transparência ao andamento das obras nas 176 escolas anunciadas pelo governo como emergenciais e demais necessidades apontadas pelas comunidades escolares — diz a deputada.
Sofia reclama da falta de transparência em relação às medidas adotadas e diz que a demora na solução dos problemas vem agravando as condições de trabalho e segurança nas escolas.
Das 82 escolas com informações inseridas no sistema, 10 tiveram obras iniciadas e apenas uma concluída, contabiliza Sofia. Outras 71 não tiveram qualquer obra iniciada.
— O monitoramento já evidenciou que escolas com problemas muito graves ficaram fora desta priorização do governo — aponta.
Já no primeiro dia no ar, o monitoramento recebeu informações e demandas novas. Cada uma delas será verificada, encaminhada à Seduc e inserida no sistema de monitoramento. Periodicamente serão feitos relatórios e encaminhados aos responsáveis e órgão de controle.
É possível conferir os dados e enviar informações e demandas neste link.