Caso raro de política pública que sobrevive às trocas de governo, o programa Primeira Infância Melhor (PIM) completa 20 anos nesta sexta-feira (7). Criado em 2003 no governo de Germano Rigotto, quando Osmar Terra era secretário da Saúde, o PIM foi coordenado pela então diretora de Planejamento, a hoje secretária Arita Bergmann.
O programa passou pelos governos de Yeda Crusius (PSDB), Tarso Genro (PT), José Ivo Sartori (MDB) e Eduardo Leite/Ranolfo Vieira Júnior (PSDB). Em seu segundo mandato, para reforçar o caráter de projeto estratégico, Leite repassou o PIM para o guarda-chuva do vice-governador Gabriel Souza, mas a coordenação segue com Arita.
O PIM foi criado a partir da convicção de que é nos primeiros anos de vida que a criança forma as bases que definirão seu futuro. Por isso, é importante não apenas que tenha assegurada a nutrição adequada, como receba estímulos para o desenvolvimento psicológico. É esse o trabalho dos visitadores que orientam e fazem o acompanhamento das crianças.
Os resultados nestes 20 anos se traduzem em menor evasão escolar, mais acesso a serviços pelas famílias, redução da violência e desenvolvimento das crianças, além de fortalecimento dos vínculos familiares. Realizado em parceria com os municípios, o PIM abriu neste ano inscrições para mais 2 mil vagas.
Desde sua criação, a iniciativa já apoiou mais de 245 mil famílias na promoção do desenvolvimento da infância, beneficiando mais de 288 mil crianças e 67 mil gestantes.
Atualmente, o PIM está presente em 233 municípios e atende 21.294 famílias. São 22.784 crianças e 1.936 gestantes, com 1.404 visitadores ativos, atuando na vigilância e na promoção do desenvolvimento integral infantil, interação parental positiva e articulação em rede.
Os números ainda são modestos, considerando-se o universo de crianças no Estado. Por isso, a meta de Gabriel é ampliá-lo.