O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
No evento que reconduziu o deputado Giovani Cherini ao comando do PL do Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (22), o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, projetou os próximos dois anos do partido. A ambição do PL é dobrar o número de prefeitos nas eleições municipais de 2024.
A grande aposta de Valdemar é a presença do presidente Jair Bolsonaro nos principais palanques do partido espalhados pelo país. Bolsonaro seria o presidente de honra da agremiação, enquanto a primeira-dama Michelle assumiria o comando do PL Mulher.
— Nós somos o maior partido do Brasil e vamos ter o maior tempo de televisão. Isso não tem preço para nós. Nas eleições municipais, eu só estou convencendo o Bolsonaro (...) a ser nosso presidente de honra. Já pensou ter ele nas campanhas municipais daqui a dois anos? Não tem preço — projetou Valdemar.
Em 2020, o PL elegeu 345 prefeitos no Brasil e ficou em sexto lugar entre as legendas com maior número de chefes de executivos municipais, na frente de partidos tradicionais como PDT, PSB e PTB. Caso dobrasse o número de prefeitos, como almeja Valdemar, a sigla poderia se tornar a segunda ou a terceira legenda do ranking. Hoje, MDB e PP lideram a disputa.
— Vamos dobrar o número de prefeitos, no mínimo, porque muitos prefeitos irão querer vir para o partido. Precisa trazer gente boa, que seja companheiro e ajude na eleição.
No Rio Grande do Sul, o desempenho do PL ainda é tímido em relação às prefeituras, mas demonstra crescimento nos últimos anos. Sem qualquer mandatário eleito em 2016, o partido alcançou 10 prefeituras em 2020. O vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes, é filiado ao PL.
Em 2024, a meta é apresentar candidatos nas maiores cidades do Estado.
Cherini volta a presidir o PL
Cherini reassume a presidência do PL após um período de oito meses em que a legenda foi comandada pelo ex-ministro e candidato a governador Onyx Lorenzoni. Já estava combinado entre os dois que, após as eleições, Cherini voltaria a presidir o partido.
— Você tem tudo para caminhar, amanhã ser senador, governador. Você é novo e tem uma máquina na mão que não tem preço — disse Valdemar a Cherini.
Ação no TSE
Durante a fala em que projetou a participação de Bolsonaro nas eleições municipais, Valdemar disse que ingressaria ainda nesta terça-feira (22) com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para revisar 250 mil urnas que não teriam um número de identificação.
— Nós estamos entrando hoje (terça) com pedido no TSE de revisão das urnas, se não der certo isso... vamos aguardar a decisão do TSE.