A coluna procurou nove ex-governadores do Rio Grande do Sul e perguntou como cada um deles irá se posicionar no segundo turno entre Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB). Quatro dos ex-chefes do Executivo responderam que ainda não têm posicionamento oficial.
Jair Soares (PP) apoia Onyx.
Germano Rigotto (MDB) e Tarso Genro (PT) declaram apoio a Leite.
Pedro Simon (MDB), Olívio Dutra (PT), Yeda Crusius (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB) ainda não se posicionaram.
Confira as respostas dos ex-governadores:
Jair Soares (PP): apoia Onyx
O ex-governador Jair Soares disse à coluna que votará em Onyx pela proximidade com o ex-ministro e pela decisão institucional do PP, que apoiará o candidato do PL.
"Quando eu era o governador, o Onyx era presidente do Conselho de Veterinária. Somos amigos. Ele tem uma retrospectiva muito boa, foi deputado federal, ministro de vários órgãos, ele tem capacidade. Por isso, eu voto nele. Não tenho nada contra o Eduardo Leite, mas estou dentro de um partido que tomou uma posição", afirmou.
Pedro Simon (MDB): ainda não se posicionou
O ex-governador Pedro Simon informou à coluna que ainda não definiu se apoia formalmente Onyx ou Leite no segundo turno. Simon foi contra a aliança com Leite e não trabalhou por ele no primeiro turno.
Alceu Collares (PDT): não irá se posicionar
No primeiro turno, apoiou Vieira da Cunha (PDT). Por questões de saúde, a família informou que não irá se posicionar no segundo turno.
Antônio Britto (sem partido): não vota no RS
O ex-governador Antônio Britto vota em São Paulo.
Olívio Dutra (PT): ainda não se posicionou
O ex-governador Olívio Dutra ainda não se posicionou em relação ao segundo turno. A única certeza no PT é de que ele não votará em Onyx Lorenzoni. A assessoria de imprensa de Olívio enviou apenas uma breve nota à coluna.
"Nós temos um lado muito claro, que é a defesa da Democracia. O PT é LULA e no Estado está fazendo sua avaliação para tirar uma posição sobre o 2° turno. Esta é uma decisão que precisa ser tomada responsavelmente", diz o texto.
Germano Rigotto (MDB): apoia Leite
Foi um dos principais responsáveis pela articulação que resultou no apoio do MDB a Eduardo Leite. Quando nenhum líder ousava discutir essa possibilidade em público, ele e o ex-prefeito José Fogaça procuraram o ex-governador e defenderam sua candidatura, convencidos de que, separados, PSDB e MDB estariam fadados a ficar fora do segundo turno.
Yeda Crusius (PSDB): ainda não se posicionou
Apesar de integrar o mesmo partido de Leite, o PSDB, Yeda Crusius não definiu oficialmente se irá apoiar Onyx ou o tucano no segundo turno. A posição será anunciada na próxima semana. Quando Leite disputou a prévia do PSDB com João Doria, Yeda ficou ao lado do então governador de São Paulo.
Tarso Genro (PT): apoia Leite
O ex-governador petista abriu voto em Leite na quinta-feira (6). Depois do anúncio, Leite telefonou para Tarso e agradeceu pela manifestação. Foi Tarso quem contou do telefonema em publicação no Twitter.
"Não avançamos, é óbvio, para nenhuma negociação, pois não tenho mandato do PT para isso. Agradeci a sua gentileza e confirmei que meu voto será dele, pois sustento que os tempos que atravessamos recomenda que devemos compor uma Frente Eleitoral em defesa do Estado de Direito, contra os radicais extremistas e neofascistas, que querem acabar com a democracia de 88, já sob ataque do bolsonarismo. A chave é a 'questão nacional' e o centro dela está em Lula, que é um democrata inequívoco, exala igualdade e respeito, não a raiva do preconceito. Não devemos depreciar da amplitude para derrotar a mentira e a maldade incrustada hoje poder. O que ocorreu com a Itália e a Alemanha no Século XX é um alerta dramático!", escreveu Tarso na rede social.
José Ivo Sartori (MDB): ainda não se posicionou
Procurado pela coluna, o ex-governador não respondeu se irá se posicionar ou não no segundo turno entre Onyx e Leite.
O MDB de Sartori indicou Gabriel Souza para vice do tucano. Mas o ex-governador foi contra a aliança com o PSDB desde o início por entender que o MDB não deveria abrir mão da candidatura própria ao Piratini.
No primeiro turno, Sartori gravou apenas um vídeo de apoio pedindo voto ao candidato a deputado estadual Carlos Búrigo (MDB), que ficou na suplência.