No resultado global da pesquisa Ipec para a eleição de governador, Eduardo Leite (PSDB) tem 14 pontos de vantagem sobre o Onyx Lorenzoni (PL). Quando se faz um recorte por gênero, a situação muda de figura. Embora Leite lidere entre homens e mulheres, é no eleitorado feminino que ele se sai melhor: 44% a 18%. Entre os homens, Leite faz 33% e Onyx, 29%. Os índices de Edegar Pretto (PT) e Luis Carlos Heinze (PP) são equilibrados entre os dois sexos.
Na simulação de segundo turno, Leite vence por 49% a 35%. Essa vantagem é garantida pelas mulheres, segmento em que o ex-governador chega a 54% e o ex-ministro a 49%. Entre os homens, no entanto, registra-se um rigoroso empate de 43% a 43%.
Ainda na simulação de primeiro turno, a vantagem de Leite é maior na região metropolitana de Porto Alegre (41% a 25%) do que no Interior (37% a 23%). A maior desproporção está nos índices de Heinze: 2% na Grande Porto Alegre e 8% no Interior. Já Edegar Pretto tem 9% na Capital e arredores e 10% no Interior.
Na divisão por faixa de renda, o melhor índice obtido por Leite está na faixa de um a dois salários mínimos, com 43%. Onyx vence apenas entre os eleitores com renda superior a cinco salários mínimos (41% a 27%).
Quando se segmenta por grau de instrução, Leite atinge o maior percentual no Ensino Fundamental (43% a 15%) e Onyx no Ensino Médio, onde faz 30%, contra 38% do ex-governador. Entre os eleitores de nível superior, Leite faz 32% e Onyx, 27%. Nessa faixa, Edegar Pretto faz 12%.
Apesar de ser evangélico e de usar o nome de Deus nas entrevistas, debates e programas eleitorais, nesse segmento Onyx tem 10 pontos a menos do que Leite (36% a 26%) no primeiro turno. Entre os católicos, Leite tem 13 pontos a mais (37% a 24%). Na simulação de segundo turno, os dois estão tecnicamente empatados na margem de erro, com vantagem de dois pontos para Leite (44% a 42%). Entre os que se declararam católicos, Leite tem 49% e Onyx, 36%.