O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
O resultado da pesquisa do Ipec para o governo do Rio Grande do Sul divulgado na sexta-feira (2) foi avaliado sob diferentes aspectos pelas campanhas dos candidatos mais bem posicionados. No levantamento, Eduardo Leite (PSDB) aparece com 38% das intenções de voto, seguido por Onyx Lorenzoni (PL), com 24%. Edegar Pretto (PT) tem 9%, e Luis Carlos Heinze (PP), 6%. Outros concorrentes marcaram 2% ou menos.
Na campanha de Leite, os números foram celebrados não apenas pelo crescimento (o tucano marcava 32% na pesquisa anterior), mas pela queda na rejeição, que foi de 32% para 25%. O coordenador da campanha, Caio Tomazelli, diz que o resultado demonstra o acerto da estratégia adotada até aqui.
—Reflete a estratégia propositiva da nossa campanha, que fala das realizações de um governo com entregas concretas. As pessoas podem identificar avanços em suas regiões, nos hospitais, no pagamento em dia dos salários, e isso aparece na liderança e na queda expressiva da rejeição — afirma Tomazelli.
Coordenador de comunicação da campanha de Onyx, Daniel Ramos evitou comentar o resultado, mas indicou que a estratégia não será alterada:
—A campanha não será influenciada por pesquisas. Temos um projeto a apresentar e não desviaremos do rumo.
No PT, a avaliação é de que a pontuação de Pretto foi afetada porque o nome do partido não aparece no disco entregue aos eleitores no momento da escolha do candidato. Coordenadora da campanha de Pretto, Mari Perusso pondera que a pesquisa foi feita no início da propaganda eleitoral em rádio e TV.
— O Edegar ainda tem um grau de desconhecimento grande e estamos trabalhando na ligação dele com o PT, partido mais bem avaliado em qualquer pesquisa. Os índices do Lula no Rio Grande do Sul e do Olívio (líder na pesquisa ao Senado) são até quatro vezes maiores que o do Edegar — salienta Mari.
No staff de Heinze, o mantra é de que ele será capaz de superar o que mostram as pesquisas, como fez em 2018, quando se elegeu senador com pontuação superior à apontada pelos institutos.
— A pesquisa evidencia a exposição do Onyx e do Eduardo, porque um foi governador e o outro ministro. Do Heinze, mesmo sendo quem mais trabalhou e fez entregas, não houve a divulgação de todo o trabalho. Precisamos intensificar a exposição do que ele já fez e do que vai fazer — comenta o coordenador de campanha, José Carlos Breda.