Para garantir a segurança no dia da eleição e facilitar o cumprimento da determinação de que restringe o porte de armas nas seções eleitorais, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve editar uma resolução proibindo o funcionamento dos clubes de tiro nos dias 2 e 30 de outubro. A sugestão foi feita nesta terça-feira (20) pelos chefes de polícia e aceita pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, durante reunião em Brasília.
Assim como havia feito com os comandantes da Polícia Militar de todos os Estados, Moraes convidou os chefes da Polícia Civil para uma reunião em Brasília, a fim de discutir formas de cooperação e azeitar os canais de comunicação entre os setores de inteligência. Após a reunião, o chefe de Polícia do Rio Grande do Sul, delegado Fábio Motta Lopes, contou que o relato dos colegas é de que a situação está relativamente tranquila em todo o Brasil.
A ideia de proibir o funcionamento dos clubes de tiro no dia da eleição parte da premissa de que, assim, nenhum eleitor poderá circular armado alegando que está a caminho de uma sessão de treinamento. Os chamados CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) tiveram a compra de armas e munições facilitada no governo do presidente Jair Bolsonaro, mas o porte é restrito.
A restrição ao porte de arma não afeta o trabalho dos policiais civis, militares ou federais, que andam armados pela natureza do seu trabalho e, mesmo que estejam de folga, estarão de sobreaviso no dia da eleição.
— O que se quer é evitar que em um clima de disputa acirrada, um cidadão mais exaltado acabe usando a arma indevidamente no dia da eleição — diz o delegado.
No dia do pleito, as polícias civis de todo o Brasil terão linha direta com o setor de inteligência do TSE para comunicar eventuais descobertas de planos para sabotar a eleição ou de áreas com potencial de conflito.
— Será uma via de mão dupla. Se o TSE identificar qualquer situação de risco, vai avisar as polícias para que adotem as ações preventivas necessárias — informa Motta Lopes.
No dia da eleição, o delegado passará a maior parte do dia no Gabinete de Crise montado na Secretaria da Segurança Pública para acompanhar o monitoramento da situação em todo o Estado.