Confiante de que a eleição no Rio Grande do Sul transcorrerá em clima pacífico, o governador Ranolfo Vieira Júnior dispensou a ajuda de tropas federais (Forças Armadas e Força Nacional de Segurança Pública) no dia da eleição. Isso não significa despreocupação com a segurança de candidatos, eleitores, autoridades, mesários e urnas eletrônicas. Ranolfo e a cúpula da Secretaria da Segurança Pública entenderam que a Brigada Militar e a Polícia Civil têm todas as condições para fazer o trabalho de policiamento e apuração de eventuais crimes. À Polícia Federal caberá a apuração de crimes eleitorais.
— Montamos uma força-tarefa e usaremos todo o nosso efetivo — reforça Ranolfo.
Toda a operação estará centralizada na sede da Secretaria da Segurança Pública. Chegou-se a pensar em usar um prédio na área central da cidade, mas prevaleceu a lógica de que é importante os responsáveis estarem em um local de onde possam acompanhar o monitoramento das câmeras e centralizar as informações recebidas.
Nesta terça-feira (20), o chefe de Polícia, delegado Fábio Motta Lopes, estará em Brasília a convite do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. A exemplo do que fez em agosto com os comandantes das polícias militares de todos os Estados e do Distrito Federal, o ministro convocou todos os chefes de polícia para discutir a segurança antes, no dia da eleição e depois da contagem dos votos.
Com os chefes de polícia, o presidente do TSE tem duas pautas específicas: a restrição ao porte de armas de fogo no dia da eleição e a prevenção a possíveis ataques violentos.
Ranolfo planeja licença
Na próxima semana, o governador Ranolfo Vieira Júnior deve se licenciar do cargo por dois ou três dias, para reforçar a campanha de Eduardo Leite. Serão apenas dois ou três dias, para fazer algum roteiro com o candidato. Até agora, Ranolfo tem se limitado às atividades de fim de semana ou depois do expediente no Palácio Piratini.
Como o presidente da Assembleia, Valdeci Oliveira, é candidato à reeleição e não pode assumir o governo, na ausência de Ranolfo, o Piratini ficará sob comando da presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira.