O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Cortejada por pelo menos cinco pré-candidatos a governador, a jornalista Ana Amélia Lemos (PSD) nega que tenha exigido exclusividade para disputar o Senado. Todavia, interlocutores da ex-senadora sustentam que ela tem deixado claro nas negociações que não está disposta a dividir palanque com outros candidatos, sobretudo com Lasier Martins (Pode).
— Em nenhum momento eu falei em exclusividade. Tenho enorme respeito pelo senador Lasier Martins — afirma Ana Amélia, ressaltando que irá ligar ao senador para desfazer "a rede de intrigas".
Em 2022, apenas uma vaga ao Senado está em disputa no Rio Grande do Sul. Mesmo assim, o Podemos, partido de Lasier, considera possível que Ana amélia e Lasier disputem a eleição apoiando o mesmo candidato a governador. Questionada pela coluna, a jornalista diz que a decisão cabe ao PSD.
— A decisão é do partido, não é minha. Para mim, qualquer decisão está correta, desde que muito bem avaliada — sustenta.
Ana Amélia recebeu convites para concorrer a senadora nas chapas de Beto Albuquerque (PSB), Gabriel Souza (MDB), Eduardo Leite (PSDB), Roberto Argenta (PSC) e Vieira da Cunha (PDT). Apesar de o PSD integrar a base do governo Leite/Ranolfo, a jornalista avalia que o alinhamento não é automático. Ela lembra que PP e MDB, legendas que lançaram pré-candidatos a governador, mantêm cargos no Piratini.
— Esse quadro tem nuances distintas. Não devemos colocar a carroça na frente dos bois. Não podemos apressar o passo. O foco é o fortalecimento do PSD.
Na prática, não há prazo definido para que o partido tome uma posição sobre o apoio a candidato a governador.