Convidada pela cúpula do MDB para integrar a chapa encabeçada por Gabriel Souza como candidata ao Senado, a jornalista Ana Amélia Lemos (PSD) nega que tenha chorado ao ouvir os elogios rasgados do ex-ministro Eliseu Padilha a sua atuação como senadora, entre 2011 e 2018. Essa versão foi divulgada por participantes do encontro.
— Se essa notícia fosse verdadeira, teria zerado o estoque de lenços de papel aqui nos pagos. Ninguém poderia ter visto lágrimas no meu rosto, simplesmente porque elas não aconteceram — ironizou Ana Amélia.
A ex-senadora diz que, "como manda a regra da educação e da civilidade”, apenas agradeceu as referências feitas por Padilha, que na Casa Civil da Presidência da República recebeu muitas demandas do Rio Grande do Sul levadas por ela.
— Da mesma forma, agradeci as referências elogiosas do governador Eduardo Leite na reunião que tive com o PSDB antes do encontro com o MDB — completou.
Questionada sobre a possibilidade de aliança com o MDB, mesmo o PSD estando no governo de Ranolfo Vieira Júnior e ela tendo sido secretária de Eduardo Leite, Ana Amélia não descarta essa possibilidade:
— Essa decisão será do PSD. Terei um voto na executiva. O PSD está no governo, assim como o MDB, e o PP. Esses partidos não estão fechados com alianças. O PP tem Luis Carlos Heinze já oficializado e continua no governo.
A ex-senadora também refuta a versão corrente no PP de que ela foi abandonada por prefeitos e vereadores do partido:
— Dizer que prefeitos e vereadores me abandonaram é coisa de alguém que ignora o meu compromisso com o municipalismo. Se essa fonte tivesse comparecido à posse de Paulinho Salerno na Famurs, em Restinga Seca, poderia ter conferido a realidade da minha relação com prefeitos e vereadores.