O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Uma consulta feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a respeito de uma eventual candidatura dupla ao Senado na mesma coligação pode agitar os palanques estaduais e viabilizar novos acordos entre partidos para a eleição de 2022. Encaminhado pelo deputado federal Delegado Waldir (União Brasil-GO), o questionamento diz respeito à possibilidade de partidos que compõem a mesma coligação para governador lançarem diferentes candidatos a senador.
Até aqui, como apenas uma vaga por Estado estará em jogo na eleição de outubro, as alianças têm sido fechadas com um nome único para o Senado.
Em 2010, o TSE emitiu resolução em que autoriza que partidos coligados lancem candidatos ao Senado isoladamente. No entanto, como houve alterações na legislação eleitoral, as legendas aguardam uma resposta definitiva da corte para traçar suas estratégias.
A decisão do tribunal a respeito da consulta, sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, está sendo aguardada por diversos pré-candidatos em todo o país. É o caso, por exemplo, do Rio de Janeiro, onde André Ceciliano (PT) e Alessandro Molon (PSB) estão duelando pela candidatura ao Senado na chapa do pré-candidato a governador Marcelo Freixo (PSB).
No Rio Grande do Sul, integrantes do Podemos, partido do senador Lasier Martins, pré-candidato à reeleição, também estão de olho no desfecho. A sigla integra a gestão Eduardo Leite/Ranolfo Vieira Júnior e, por isso, tende a fechar apoio à candidatura governista. No entanto, Leite tem compromisso com Ana Amélia Lemos (PSD), que deseja recuperar a cadeira no Senado.
Oficialmente, o Podemos diz que está conversando com vários partidos e que ainda não fechou aliança.
Caso a tese não prospere, a sigla também tem a opção de lançar a candidatura isolada ao Senado, sem apoio formal à coligação governista.