O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Será lançado oficialmente na próxima semana um pacto de combate à fome entre os poderes e órgãos com autonomia administrativa e financeira do Rio Grande do Sul. Articulado pela Assembleia Legislativa, o Movimento Rio Grande Contra a Fome já tem apoio confirmado das demais instituições e terá foco em mobilizar a sociedade civil para reforçar as ações de doação de alimentos.
Idealizador do projeto, o presidente da Assembleia, Valdeci Oliveira, destaca que o papel dos órgãos estaduais será dar visibilidade ao tema da segurança alimentar e incentivar a solidariedade. No primeiro momento, não está previsto o repasse direto de verba para a compra de alimentos, mas o deputado ressalta que cada um dos poderes poderá, por iniciativa própria, destinar recursos para esse fim.
— Não queremos inventar a roda, mas fazer girar a roda da solidariedade, ampliando sentimento solidário do nosso povo — explica.
Valdeci apresentou o plano ao governador Ranolfo Vieira Júnior na semana passada. Na manhã desta segunda-feira (6), visitou o Tribunal de Contas, a Defensoria Pública, o Ministério Público e o Poder Judiciário. Na cerimônia da próxima semana, todas as instituições devem assinar um documento de adesão ao pacto.
Após o lançamento, a iniciativa será aberta para a adesão de outras entidades e instituições interessadas em colaborar:
— Nossa ideia é engajar universidades, câmaras de vereadores e entidades públicas e privadas. A fome voltou violentamente e precisamos agir com rapidez — diz Valdeci.
O movimento deverá ter um site próprio, indicando o caminho para a doação. Além disso, está sendo preparado um “Dia D” para a doação de alimentos e agasalhos. Todos os mantimentos arrecadados serão repassados à Defesa Civil estadual, que coordenará a distribuição.