Cobiçado desde 2019, quando o então governador Eduardo Leite iniciou os primeiros contatos, o South Summit Brasil só está sendo realizado porque houve um esforço do governo do Estado, da prefeitura e do setor privado na mesma direção. Agora que o evento saiu do papel para o Cais Mauá parece fácil, mas não foi.
— Quando começamos a projetar isso, lá em 2019, tínhamos a preocupação se teríamos os cerca de R$ 10 milhões que seriam demandados ao Estado para realizar o evento — lembra o ex-governador Eduardo Leite, saudado pela espanhola María Benjumea por ter tido a ousadia de procurá-la.
A pandemia atrapalhou os planos, mas em 2021 Leite e o prefeito Sebastião Melo foram a Madri com um grupo de empresários e ouviram o esperado sim.
— É um evento que fiz questão de trabalhar para tentar dar um “choque de futuro” no nosso Estado que insiste tanto em viver a nostalgia de um passado distante. No fim das contas, está aí o South Summit e o Estado investiu mais de R$ de 150 milhões em diversos editais para estimular a inovação — comemora Leite.
Na abertura oficial (foto), Melo e o governador Ranolfo Vieira Júnior Melo também destacaram a importância da parceria, sem a qual nada teria sido feito.
A prefeitura entrou com R$ 1,5 milhão e ofereceu serviços adicionais equivalentes a R$ 500 mil. O Estado gastou bancou as estruturas que permitiram a realização do evento nos armazéns do cais.
O investimento já se pagou, não só pela arrecadação de impostos com o movimento da rede hoteleira e dos restaurantes, mas por colocar o Rio Grande do Sul no mapa da inovação e das startups.