Na semana em que a terceira via praticamente sacramentou o nome de Simone Tebet (MDB) para disputar a Presidência, o pré-candidato a governador Gabriel Souza (MDB) se encontrou nesta sexta-feira (20) com o ex-senador Pedro Simon para analisar o cenário nacional e local. Os dois concordaram que a escolha de Simone é positiva para a candidatura de Souza, porque tem potencial de garantir um "palanque forte" no Estado como "alternativa à polarização".
— Simon é entusiasta da candidatura da Simone Tebet, como eu também sou. Na opinião dele, a candidatura da Simone me ajuda muito. Pode representar um reencontro com a história do partido e pode mobilizar o MDB — avalia o deputado.
Apesar do indicativo de que Simone será a candidata da terceira via, persiste a indefinição sobre o destino de João Doria (PSDB), que tende a ser rifado até o final de maio pelo grupo formado por tucanos, MDB e Cidadania. Souza avalia que uma eventual saída do ex-governador paulista da disputa deve trazer de volta para as negociações o nome de Eduardo Leite (PSDB), que seria vice de Simone.
A definição no cenário nacional mexe com a disputa ao Piratini, uma vez que o MDB espera contar com o apoio de Leite à candidatura de Souza. No entanto, como mostrou a coluna, o PSDB permanece em silêncio e aguarda o resultado de uma pesquisa qualitativa para saber o que os eleitores pensam sobre o governador Ranolfo Vieira Júnior, a renúncia de Leite e o nome de Souza, tido como potencial aliado. O temor do MDB é que o silêncio de Leite signifique que o ex-governador poderia concorrer novamente ao governo do Estado.
Gabriel diz que não conversou com Simon sobre possíveis alianças com outros partidos para a campanha, mas destacou que "não há nenhuma conversa" no sentido de o MDB indicar o seu nome para ser vice de Leite, como publicou nesta sexta-feira o jornal O Globo.
— Os outros partidos tem toda a legitimidade para buscar o seu protagonismo. Mas nós teremos candidatura própria, essa é a decisão do partido. Eu já estou fardado — frisa Souza.