Um dos convidados para o Fórum da Liberdade, onde participará de painel sobre o futuro do Brasil, o ex-juiz Sergio Moro esteve em Caxias do Sul nesta segunda-feira (11), como palestrantes da reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços.
Em palestra para empresários, Moro deu a entender que não jogou a toalha em relação à eleição presidencial. O recuo teria sido estratégico, na linha de dar um passo atrás e vários para frente. Por essa versão, ele só anunciou a saída numa demonstração de desprendimento para facilitar a união da terceira
— Eu não desisti de transformar ou de mudar o país. Ocorre que existe uma percepção de que é necessário que haja uma via democrática única para fazer frente as duas propostas políticas de extremos. E a gente precisa ter um centro unificado para fazer face a esses desafios. Nesta perspectiva, ninguém abria mão de nada, ninguém se dispunha a fazer uma espécie de sacrifício, e essa minha movimentação representa a ideia de dar um passo atrás para ajudar na formação dessa via democrática, para conseguir reunir as forças necessárias para ir adiante.
Moro fez críticas ao ex-presidente Lula e ao presidente Jair Bolsonaro, de quem foi ministro da Justiça. Disse que para resolver os problemas do país é preciso olhar para o futuro, e que esse futuro não está nem num governo do passado, “que fracassou e que está manchado por escândalos de corrupção”, nem no atual, "que entrega um país estagnado economicamente e que abandonou as promessas que havia feito em 2018, especialmente as relacionadas à continuidade do combate à corrupção e um governo que nos isolou internacionalmente”.
A tese do recuo estratégico não bate com o que dizem os líderes do União Brasil, o partido no qual se filiou, deixando órfãos (e magoados) os líderes do Podemos, que ficaram sabendo da mudança pela imprensa. Mesmo que UB, MDB, PSDB e Cidadania, partidos que firmaram o pacto de unidade, escolham Moro, será difícil reconquistar o Podemos.
ALIÁS
Por desinteresse dos pré-candidatos a presidente, o tradicional debate promovido pelo Fórum da Liberdade virou um painel com Sergio Moro (União Brasil) e Felipe D’Avila (Novo). Em 1989, quando o fórum nasceu, todos os mais representativos participaram, incluindo o até então desconhecido Fernando Collor, que acabou eleito.
Inovação é pop
Do Massachussets Institute of Technology, o MIT, onde aproveita seu ano sabático para aprofundar conhecimentos e relacionamentos, Luís Lamb, ex-secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia, vem estudando um conceito cada vez mais popular nos ambientes de empreendedorismo: a popularização da inovação.
— O desafio dessas transformações é impactar não apenas pequenos grupos, mas bilhões de pessoas em todo o planeta — disse Lamb em palestra online para advogados, colaboradores e clientes do escritório Dupont Spiller Fadanelli Advogados.