O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
O deputado estadual Ruy Irigaray (PSL) ingressou com nova ação judicial para tentar evitar a votação do pedido de cassação de seu mandato no plenário da Assembleia Legislativa. O parlamentar já teve dois pedidos negados pela Justiça, no mês passado.
Desta vez, a defesa de Irigaray entrou com mandado de segurança no Tribunal de Justiça solicitando a anulação de atos do processo disciplinar na subcomissão processante, na Comissão de Ética e na Comissão de Constituição e Justiça.
Antes de decidir a respeito dos pedidos, o relator, desembargador Armínio José Lima da Rosa, deu prazo de cinco dias para que a defesa explique a inclusão do presidente da Assembleia na ação.
A alternativa judicial é a única que restou para Irigaray escapar da cassação. Entre os colegas, a perda do mandato é dada como certa, caso a votação chegue ao plenário.
Antes prevista para esta terça-feira (8), a votação agora é projetada para ocorrer no dia 22 de março, em razão da necessidade do cumprimento de trâmites internos da Assembleia.
Os deputados decidiram evitar movimentos que antecipem a votação para não abrir brechas que provoquem a anulação do processo.
PSOL posterga decisão
O PSOL ainda está discutindo quem assumirá a cadeira que o partido ganhou na Assembleia com a cassação e a anulação dos votos de Luís Augusto Lara (PTB). O primeiro suplente, Pedro Ruas, pode abrir mão da vaga, já que tem mandato na Câmara de Porto Alegre e é pré-candidato a governador. A decisão deverá ser tomada ao longo desta semana.
Na sexta-feira (4), a Assembleia foi notificada pelo Tribunal Regional Eleitoral sobre a cassação de Lara, mas o ofício não indica quem deve ser chamado para substituí-lo. A perda do mandato deverá ser declarada na terça-feira pela Mesa Diretora.
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