Por 10 votos favoráveis e nenhum contrário, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa aprovou, nesta terça-feira (22), o relatório do deputado Elton Weber (PSB) que recomenda a cassação do mandato de Ruy Irigaray (PSL). Agora, o documento será encaminhado para a Mesa Diretora da Casa, que deve pautar a votação em plenário para logo depois do Carnaval.
Votaram a favor do parecer, além de Weber, os deputados Carlos Búrigo (MDB), Juliana Brizola (PDT), Mateus Wesp (PSDB), Fran Somensi (Republicanos), Tenente-Coronel Zucco (PSL), Luiz Fernando Mainardi (PT), Jeferson Fernandes (PT), Sérgio Turra (PP) e Vilmar Zanchin (MDB).
No final de novembro, os deputados que compõem a Comissão de Ética da Assembleia já haviam aprovado a cassação de Irigaray, também por unanimidade.
À reportagem de GZH, o parlamentar afirmou, após a votação, que os vídeos que embasaram a denúncia contra ele foram fraudados. Ele ainda negou que seu gabinete tenha sido um local de disseminação de notícias falsas.
— Os vídeos foram adulterados e vamos comprovar em juízo, mas o importante é que legalmente temos todas as provas a nosso favor. Fui acusado de gabinete do ódio, mas essa denúncia já foi arquivada na Assembleia e Ministério Público — disse Irigaray.
Na semana passada, a desembargadora Matilde Chabar Maia, da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, negou pedido do deputado para suspender o processo de cassação.
Entenda o caso
No ano passado, uma reportagem do jornalista Giovani Grizotti, da RBS TV, mostrou que Cristina Nebas, uma ex-assessora de Irigaray, acusava o parlamentar de utilizar funcionários comissionados do gabinete na Assembleia, pagos com dinheiro público, para fins pessoais. Entre os desvios, os servidores foram flagrados realizando obras de reforma na casa da sogra do deputado.
As denúncias foram endossadas por outra ex-assessora do parlamentar.