O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
A três dias do prazo limite, a prefeitura de Canoas assinou o aditivo contratual proposto pela Corsan nesta segunda-feira (13), em cerimônia no Palácio Piratini. Trata-se de um triunfo relevante da companhia, que tem encontrado dificuldades para convencer parte dos prefeitos, visto que o município da Região Metropolitana é o maior cliente da estatal.
O suplemento inclui nos contratos previsão de que sejam atendidas as metas de fornecimento de água e tratamento de esgoto impostas pelo novo marco legal do saneamento, que devem ser cumpridas até 2033. O prazo para que os prefeitos assinem o aditivo vai até quinta-feira (16). A venda do controle acionário da empresa deve ocorrer no primeiro semestre de 2022.
De acordo com o prefeito Jairo Jorge, o município receberá investimentos na ordem de R$ 615 milhões nos próximos anos, em áreas como o meio ambiente, infraestrutura e mobilidade, além do saneamento. Jairo disse que estuda o assunto desde o início do ano e está convicto de que o investimento privado é indispensável para qualificar os serviços de água e esgoto.
— Como prefeito, é hora de ser pragmático e pensar o que é melhor para a nossa comunidade — afirmou.
Na negociação com o Piratini, o prefeito conseguiu convencer o governo a não cortar recursos da saúde na ordem de R$ 86 milhões, como está previsto no programa Assistir. Em contrapartida, a prefeitura deve ampliar os serviços e a produtividade dos hospitais locais, para fazer jus aos incentivos estaduais.
Em nota, a Corsan disse que assinou o aditivo com “satisfação”:
“É com satisfação que firmamos o aditivo com o município de Canoas. Maior cidade atendida pela Corsan atualmente. Segundo sinalizou o próprio prefeito, na ocasião: ‘O Governo do Estado está iniciando um novo ciclo no saneamento. Com o novo Marco Legal, não existe outra alternativa além da privatização. Uma janela de oportunidades está colocada, e, se não a ocuparmos, perderemos a oportunidade de fazer a transformação de que o Rio Grande do Sul precisa'.”
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