Após a realização de assembleia, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) encaminhou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o pedido de registro para oferta pública inicial de ações (IPO). A medida faz parte do processo de privatização da estatal, que será feito pelo governo do Estado pela venda de ações na bolsa de valores de São Paulo, B3.
Pelo fato relevante enviado ao mercado financeiro, o pedido é para uma oferta de distribuição primária e secundária de ações ordinárias. A oferta primária acontece quando existe a abertura de capital, ou seja, quando a empresa vende as ações para o público. Já a oferta secundária é a compra e venda de ações entre os próprios acionistas.
A companhia também solicitou à B3 pedido de listagem e admissão à negociação dos papéis no Novo Mercado, segmento com o nível mais elevado de governança corporativa da bolsa. Nele, estão empresas como Vale, Magazine Luiza e a própria B3.
Em duas ocasiões, o presidente da Corsan, Roberto Barbuti, disse à coluna que pretende aproveitar uma janela de mercado prevista para fevereiro de 2022 para fazer a abertura de capital. Isso significa que se espera que as condições do mercado estejam favoráveis.
O prazo final para assinatura de aditivos de contratos de prefeituras com o órgão é dia 16 de dezembro. Com eles, os municípios têm acesso a benefícios previstos na lei que autorizou a privatização.
Recentemente, a Corsan anunciou um mecanismo para que a tarifa de água não tenha reajustes acima da inflação até 2027, os chamados "aumentos reais". Barbuti disse que esse compromisso fará parte dos contratos com os municípios e será aplicado pelas agências reguladoras. Segundo ele, a inflação usada como parâmetro é o IPCA, que é o índice oficial do país e mede preços ao consumidor. Saiba mais: Mecanismo garantirá que tarifas da Corsan não subam acima da inflação até 2027
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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