Foi marcada para 9 de dezembro uma assembleia para deliberar alguns pontos do processo de privatização da Corsan, previsto para fevereiro de 2022. No edital, aparece a retirada a partir de 2024 de limitações para que outros acionistas tenham poder maior sobre a companhia. Ainda está em análise, mas isso tende a atrair interesse maior de investidores do mercado financeiro. Lembrando que o governo do Estado havia dito que se manteria como acionista de referência, a coluna perguntou sobre o assunto na entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, do secretário extraordinário de Parcerias do Rio Grande do Sul, Leonardo Busatto, que respondeu: 

- Essa é uma questão que, realmente, temos proposto, que é uma transição de um modelo totalmente público, que hoje é a Corsan — o acionista é o Estado —, para um modelo em que o Estado é parte. Ele é um acionista de referência, ele vai ter possibilidade de interferir na gestão até 2024, também limitando a participação de outras empresas. Então, nós não teremos nenhuma empresa dominante na administração. O acionista que tiver um conjunto de ações terá que se associar a outro - inclusive, talvez, o próprio Estado - para administrar. E, lá em 2024, aí sim, liberaria para que se pudesse comprar fatias de ações de outros sócios e aí ter uma administração total a partir de uma empresa. Essa é uma proposta, ela não está fechada ainda. Tem a questão da assembleia, tem a discussão política que ocorre ainda na Assembleia em relação à questão da regionalização, que pode impactar isso. Mas é uma intenção deixar para a próxima gestão do governo do Estado essa discussão. A ideia é fazer um período de transição para que, ali na frente, o privado possa fazer a gestão, a compra, a fusão, enfim, administração da melhor maneira que entender.

Ouça a entrevista completa: 

Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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