Apesar da pressão do Cpers-Sindicato e dos deputados por alterações no projeto de reajuste dos professores, para contemplar sobretudo os que não terão qualquer correção, a margem para mudança na proposta é estreita. O governador Eduardo Leite não descarta ajustes, mas diz que não dará nenhum aumento que não seja sustentável a médio e longo prazos.
— Não quero dar aumentos que comprometam o governo do meu sucessor — justifica.
Leite diz que não se sente pressionado porque encaminhou à Assembleia um projeto que corrige o subsídio de todos os níveis do plano de carreira em 32% e eleva o salário de ingresso de R$ 3.030,50 (nível A3) para R$ 4 mil. A incorporação da chamada parcela de irredutibilidade fará com que 30.933 professores inativos e 160 ativos não tenham qualquer reajuste. São os que têm mais adicionais de tempo de serviço incorporados, benefício extinto em 2020 e que os futuros professores não terão.
Se os deputados não aprovarem o projeto em dezembro a votação ficará para fevereiro. Assim que for aprovado, o pagamento será retroativo a janeiro. Caso a proposta seja rejeitada pela Assembleia, o governo pagará um completivo para que nenhum professor fique abaixo do piso nacional, que terá reajuste de 31,3%.
Na prática, isso equivaleria a revogar o plano de carreira e voltar à situação dos últimos anos, em que a cada ano aumentava o número de professores recebendo o completivo, em total desrespeito à formação e às promoções.
Leite diz que a situação do Paraná é bem pior. No Estado vizinho, nenhum aposentado terá reajuste: o governo pagará uma gratificação de R$ 800 apenas para os professores em atividade.
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