Um fato curioso chamou atenção no balanço de fim de ano da Farsul, principal entidade representativa do agronegócio no Estado. O economista Antônio da Luz apresentou as previsões que indicam crescimento maior do Rio Grande do Sul do que do Brasil em 2021 e 2022. Lembrou que a cada eleição, a Farsul abre suas portas para receber os candidatos e, nos últimos anos, apresentava o mesmo powerpoint, levemente adaptado, com as bandeiras que defende.
O governador Eduardo Leite conseguiu atender todas as sugestões, reduziu o déficit previdenciário e cortou despesas, o que permitiu retomar os investimentos, inclusive na agricultura.
Aos candidatos a governador, nos últimos anos a Farsul propôs sete compromissos. A saber:
- Implementação da previdência complementar para os servidores públicos;
- Reforma da previdência de civis e militares;
- Reforma administrativa, com alterações de planos de carreira e retirada de vantagens automáticas;
- Concessão de rodovias e privatização de estatais, com a venda de ativos ineficientes, como a CEEE, que sequer repassava ao ICMS cobrado dos consumidores, e da Corsan;
- Lei do teto de gastos;
- Orçamentos realistas, com o fim do duodécimo calculado sobre receita irrreal;
- Adesão ao regime de recuperação fiscal (encaminhada)
Do próximo governador, o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, espera continuidade das políticas liberais e compromisso com o equilíbrio fiscal. Gedeão disse que é uma decisão pessoal de Leite não concorrer, mas que a entidade apoia suas iniciativas.
Apesar de declarar apoio ao presidente Jair Bolsonaro, a quem definiu como o que mais atenção deu ao agronegócio, Gedeão reconheceu que não foram feitas reformas essenciais. As prioridades, segundo o presidente da Farsul, devem ser a reforma administrativa e, depois, a tributária.
Em 2022, a Farsul afirma que dialogará com todos os candidatos que a procurarem, exceto com os que não tenham compromisso inarredável com o direito de propriedade, “sem relativização”.
Gedeão lembrou que Bolsonaro foi o primeiro presidente a visitar a Expointer depois de eleito neste século (o último tinha sido José Sarney) e que, por tudo o que fez pelo agronegócio, tem o apoio maciço do setor. Destacou que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, é uma unanimidade entre os produtores.
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