A pose do pré-candidato ao governo do RS Pedro Ruas em frente à estátua do ex-governador Leonel Brizola, acompanhado das deputadas Fernanda Melchionna (federal) e Luciana Genro (estadual) e dos vereadores Karen Santos, Matheus Gomes e Roberto Robaina é simbólica das pretensões do PSOL na eleição de 2022. Brizolista histórico e apaixonado pelas ideias do ex-governador não só área de educação, Ruas entra no vácuo do PDT, que apostou todas as fichas em Romildo Bolzan e, com a derrocada do Grêmio, ainda não confirmou se terá candidato.
— Sou brizolista desde sempre. Entendo que a grande representação da esquerda gaúcha será o PSOL, com um projeto independente e que busca as verdadeiras mudanças que o Rio Grande precisa. Isso vai desde a revisão das brutais isenções tributárias até o questionamento das privatizações absurdas promovidas pelos últimos governos — discursa Ruas como se já estivesse no palanque.
Adepto da tese de que time que não joga não tem torcida, Ruas defende com convicção a candidatura do PSOL e diz que, embora simpático à ideia da união das esquerdas, no primeiro turno, o partido precisa se apresentar “com sua própria cara, princípios e convicções socialistas”. Nessa toada, critica a Lei Kandir e a aposta dos governos na exportação:
— Nosso povo passa fome, literalmente, enquanto o agronegócio bate recordes de produção sem tributação, por conta da malfadada Lei Kandir.