Dois dias depois do vexame com o aplicativo desenvolvido pela Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs), o PSDB decidiu contratar um novo fornecedor de serviços para dar continuidade à votação suspensa domingo, quando os tucanos escolheriam seu candidato a presidente. A intenção é retomar a votação amanhã (24), mas ainda há dezenas de perguntas sem resposta.
O aplicativo de fornecedor privado seria uma espécie de Plano B, já que a Faurgs não conseguiu dar garantias de que corrigiu os problemas detectados no domingo. Para bater o martelo sobre a retomada da votação é preciso fazer testes de segurança e garantir que os votos dados no domingo estão preservados.
A primeira dúvida para quem acompanha a confusão do lado de fora é como se dará a migração de dados dos eleitores cadastrados, excluindo os que já votaram. No aplicativo da Faurgs era preciso fazer reconhecimento facial para entrar no app e depois para confirmar o voto.
Antes de recomeçar a votação, representantes das três chapas concorrentes (Arthur Virgílio, Eduardo Leite e João Doria) terão de dar aval ao sistema escolhido.
Enquanto persiste o problema tecnológico, sobram acusações de que um ou outro candidato estaria tentando melar a prévia, embora os três garantam que desejam a conclusão do processo o mais rápido possível. Doria e Leite reafirmam a convicção de que vencerão a disputa, enquanto Virgílio indica ter se conformado com o papel de linha auxiliar do governador de São Paulo.