A mesma incerteza que ronda a eleição para governador do Rio Grande do Sul se reproduz na corrida pela única vaga em disputa para o Senado Federal um ano antes da eleição. Com a renovação de um terço do Senado, a cadeira que vaga em 2023 é a do senador Lasier Martins, candidato à reeleição. Eleito em 2014 pelo PDT, depois de uma vida dedicada à comunicação, Lasier migrou para o PSD e hoje está no Podemos, um partido de escassa expressão no Estado.
A ex-senadora Ana Amélia Lemos (PP) deseja ser candidata ao Senado, mas seu partido deverá oferecer a vaga a um aliado que aceite a integrar a coligação a ser encabeçada por Luis Carlos Heinze como candidato a governador. Ana Amélia tem convite de vários partidos, mas os líderes do PSD acreditam que ela acabará optando pelo partido. Se o governador Eduardo Leite vencer a prévia do PSDB, é possível que o PSD integre a aliança nacional e participe de uma coligação no Rio Grande do Sul.
O outro nome do PP que pretendia disputar o Senado, o deputado Jerônimo Goergen, tirou o time de campo ao constatar que a candidatura não teria viabilidade, sendo Heinze candidato a governador. Jerônimo decidiu que não será candidato a nada em 2022.
No MDB, o nome forte para o Senado seria o do ex-governador José Ivo Sartori, mas há dois problemas. Primeiro, Sartori nunca disse que aceitaria ser candidato. Segundo, como Alceu Moreira quer concorrer a governador, a vaga do Senado deverá ser oferecida a outro partido, dependendo de como se organizarem as alianças.
O PT ainda não mostrou suas cartas. Como Edegar Pretto será candidato a governador, o Senado poderá ser oferecido a um aliado. O PSB, por exemplo, já que nacionalmente o partido tende a apoiar a candidatura do ex-presidente Lula.
Principal nome do PSB no Estado, Beto Albuquerque foi lançado candidato ao Piratini, mas o Senado sempre esteve nos seus planos. Em 2018, com duas vagas em disputa, Beto ficou em terceiro lugar.