Os professores têm razão quando dizem que não é possível retomar as aulas presenciais sem resolver problemas estruturais das escolas, que ficaram esquecidos nestes quase 20 meses de pandemia. Escola sem água ou sem luz, com goteiras ou janelas quebradas é uma aberração que precisa ser corrigida. Cabe às coordenadorias regionais de educação exercer o papel de fiscalizar a estrutura física das escolas estaduais e identificar de quem é a responsabilidade.
Com a ampliação da verba da autonomia das escolas, parte dos consertos que antes dependiam da Secretaria de Obras poderá ser encomendada a profissionais da própria comunidade pela direção. Será necessário identificar o que pode ser feito dentro desse teto de gastos, o que depende de uma obra maior e o que é desleixo da direção.
A coluna recebeu do Cpers-Sindicato uma série de fotos de escolas deterioradas: Professora Erica Marques, de Terra de Areia, Escola Rural Jucapirama, de Jaguari, e Doutor Araby Augusto Nácul, de Lagoa Vermelha. Seria interessante a Secretaria da Educação mandar suas equipes para uma verificação in loco do problema e indicar a solução. Se não oferecem condições de receber os alunos agora, o que será feito para que estejam aptas em março, no início do próximo ano letivo?
Uma das reclamações mais frequentes de professores e alunos é que falta papel higiênico e toalha nos banheiros. Esse é o tipo de problema que não se pode esperar que o governador ou a secretária da Educação resolva. Está na lista de responsabilidades da direção das escolas. Se o governo não manda dinheiro, que se exponha e se cobre, mas isso não pode ser pretexto para não retomar as aulas.
A Secretaria da Educação deveria fazer um estudo para entender por que uma escola estadual funciona a contento, mantém-se limpa e agradável, e outra, construída na mesma época, está caindo aos pedaços. Por que a direção de uma escola consegue engajar a comunidade para fazer pequenos consertos, pintar paredes e manter os equipamentos de uso comum e a de outra deixa que se deteriorem, se todos recebem os mesmos valores (proporcionais ao número de alunos) e os professores têm salários idênticos.
Aliás
A direção faz toda a diferença nos resultados de uma escola. Por isso, o governo tem obrigação de capacitar os diretores eleitos para a gestão e fiscalizar a aplicação do dinheiro público.
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