O processo de fusão do PSL com o DEM deu mais um passo nesta terça-feira: por unanimidade, a executiva nacional do PSL autorizou a convocação de uma convenção nacional conjunta do partido com o DEM, para deliberar sobre a união das duas agremiações. A convenção ocorrerá no dia 6 de outubro, a partir das 9h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
Na convenção, serão aprovados os projetos comuns de estatuto de programa do novo partido. Também será eleita a comissão executiva nacional instituidora, órgão que promoverá o registro do novo partido, provavelmente sob a presidência do atual comandante do PSL, Luciano Bivar.
Do casamento DEM-PSL nascerá o maior partido do Congresso, uma força com o maior tempo de TV na eleição e o maior volume de recursos do fundo eleitoral, mesmo que ocorra uma debandada, já que o que conta é o número de eleitos em 2018.
O nome ainda não está definido, mas deverá conter as palavras “democrata” e “liberal”. O advogado Adão Paiani, dirigente do DEM no Rio Grande do Sul, sugeriu informalmente à executiva nacional que seja um nome de fácil assimilação, inédito no sistema partidário brasileiro.
Três combinações possíveis: Partido Liberal Democrata (PLD), Ação Liberal Democrata (ALD) ou Liberal-Democrata (Lib-Dem). O número continuaria o 25, do DEM, por já estar consagrado e ser de fácil assimilação. Outros líderes defendem o 25 porque que o 17 do PSL está associado a Bolsonaro e aos filhos.
Para cada uma dessas sugestões, Paiani tem uma justificativa:
— Liberal-Democrata remete a partidos de igual denominação no Reino Unido, Portugal, Rússia e Japão que, tendo um ideário de centro-direita e liberal, também agradam ao eleitorado conservador, nos moldes da tradicional direita europeia. Além disso, une as denominações dos dois partidos que se fundem, sem dar a impressão de supremacia de um sobre o outro. A opção Ação Liberal-Democrata (ALD), dá a ideia de energia e movimento. Já a opção Liberal-Democrata remete a uma concepção mais moderna, tendo o hífen indicando a união dos dois partidos, e como sigla Lib-Dem, como também é usado pelos partidos europeus.
No Rio Grande do Sul, DEM e PSL somam quatro deputados estaduais e quatro federais. Como o novo partido não deverá apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Bibo Nunes, um dos que pretendem sair, diz que, desses oito, sete tomarão outro rumo. Na versão de Bibo, nem todos irão acompanhar Bolsonaro, que está entre PP, PL, Republicanos e PTB, mas estarão em partidos aliados do presidente.
O deputado estadual Ruy Irigaray diz que Bibo fala apenas por ele mesmo:
— Ninguém sabe o que vai acontecer. Acho muito difícil que isso aconteça. Falei com alguns deputados e eles não estão pensando em sair.
O ministro Onyx Lorenzoni, deputado federal pelo DEM e pré-candidato ao Piratini, já sinalizou que se o novo partido decidir fazer oposição a Bolsonaro, sairá ou abrirá uma dissidência, como fez em 2018.
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.