Com 28 quilos a menos do que tinha quando foi internado com covid-19, em julho, o deputado federal gaúcho Pedro Westphalen (PP) retoma as atividades de seu mandato no próximo sábado (4), ainda em modo remoto. Foram 56 dias de afastamento, desde que fez o teste positivo, com 30 dias de UTI, sendo uma semana entubado.
— Pelas estatísticas, sou um sobrevivente. Faço parte do grupo dos 20% que resistem à entubação, mesmo nos melhores hospitais. Tenho certeza de que devo isso à vacina — diz o deputado, que se contaminou mesmo tendo tomado as duas doses da AstraZeneca.
Médico, Westphalen se considera a prova de que a vacina funciona: não impediu que se contaminasse, mas permitiu que sobrevivesse. E sai em defesa da CoronaVac, atacada por críticos do governador de São Paulo, João Doria:
— Todas as vacinas funcionam. Minha mulher tomou a CoronaVac, ficou comigo na UTI e não se contaminou.
O deputado não sabe como contraiu o vírus. Acredita que possa ter sido no aeroporto de São Paulo, em algum jantar ou no dia em que circulou com o ministro Marcelo Queiroga por vários hospitais de Porto Alegre.
— Só tirei a máscara para almoçar — recorda.
Se não sabe como pegou o vírus, o deputado tem certeza de que foi ele quem contaminou o ex-governador José Ivo Sartori e sua esposa Maria Helena. Os três jantaram juntos no fim de semana anterior ao surgimento dos primeiros sintomas.
O deputado ficou com um hiato na memória. Lembra de que no início sentiu apenas sintomas de gripe, com uma leve coriza. Depois, o mal-estar foi aumentando e ele fez contato com o médico Fernando Lucchese, da Santa Casa de Porto Alegre. Entre a internação e saída da UTI, 30 dias depois, tudo se apagou. Pelos médicos, soube que, ao chegar, disse que seria “um paciente muito paciente e que fizessem o que fosse necessário”.
O deputado deixou o hospital em cadeira de rodas. Mal conseguia mexer um dedo. Graças a três sessões diárias de fisioterapia, já está caminhando e falando normalmente, mas ainda sente cansaço quando sobre dois lances de escada.
De volta à vida, Westphalen é só elogios para a Santa Casa. Quando viu que estava piorando, colegas recomendaram que fosse para o Albert Einstein em São Paulo ou qualquer outro hospital privado a que os deputados têm direito, mas ele preferiu ficar:
— Conheço a Santa Casa, sabia quantos pacientes eles trataram e tive certeza de que estaria em boas mãos. Estar aqui hoje é a prova de que acertei na escolha.
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