É um mistério o que aconteceu na madrugada de sábado para domingo passado com a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP). Nesta sexta-feira (23), em entrevistas a diferentes veículos, a deputada deu mais detalhes do que imagina ter sido um atentado contra sua vida e que está sendo investigado pela polícia.
Com o rosto inchado e cheio de hematomas, Joice detalhou o que já havia revelado na quinta-feira à colunista Bela Megale do jornal O Globo. Na manhã de domingo, ela acordou atordoada no corredor de seu apartamento funcional em Brasília, com a cabeça em meio a uma poça de sangue.
Estava com o rosto machucado, um dente quebrado e dores pelo corpo. Exames constataram que Joice sofreu cinco fraturas no rosto (duas na região do nariz, duas no seio da face e uma no maxilar), uma na coluna e traumas no ombro, no joelho e na costela. No local havia relógios, brincos, anéis e outras joias, mas nada foi roubado.
A deputada reiterou que não sabe o que aconteceu. A última coisa de que se lembra é de que estava no quarto, vendo séries pela TV. Acordou cerca de sete horas depois, ferida. Por telefone, chamou o marido, o neurocirurgião Daniel França, que dormia no quarto de hóspedes. Foi ele quem prestou os primeiros socorros e a levou ao hospital para exames.
Nas entrevistas, Joice defendeu o marido e disse que queria desfazer ilações maldosas de que teria sido agredida pelo companheiro. Brincou até que, se numa briga do casal alguém apanhasse, seria ele. Explicou que os dois dormiam em quartos separados porque o médico ronca.
À Rádio Bandeirantes, a deputada lamentou que pessoas ligadas ao presidente Jair Bolsonaro estejam comemorando as agressões nas redes sociais. Bolsonarista fanática na eleição de 2018, Joice rompeu com o presidente e entrou em guerra com os filhos dele, com quem frequentemente troca insultos pelas redes sociais.
A suspeita de que tenha sofrido um atentado é reforçada pelos indícios de que o apartamento dela foi invadido em outras ocasiões. Joice contou que há dois meses um funcionário encontrou um maço de cigarros em um dos cômodos, sendo que ninguém na casa fuma. Ela estava em São Paulo nessa ocasião.
Dois meses antes, outro segurança encontrou sinais de que alguém havia entrado no apartamento funcional. Joice suspeita que o agressor estivesse escondido no apartamento e tenha colocado em uma das garrafas de água alguma substância que a fez perder os sentidos para não gritar enquanto estava sendo espancada.
— O apartamento é antigo, é grande. Tem cômodos que a gente não usa. Tem o famoso quarto da bagunça, um estúdio cheio de coisas inutilizadas, um quarto para rouparia. Um dos nossos agentes que era do Exército não descarta a possibilidade de que alguém tenha entrado e se escondido — disse na entrevista ao jornalista José Luiz Datena.
A deputada denunciou o caso ao Departamento de Polícia Legislativa, responsável pela segurança dos parlamentares.
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