Referência no atendimento a pacientes com covid-19, o Grupo Hospitalar Conceição (GHC), maior complexo de saúde do Sul do país, montou um plano para ampliar a disponibilidade de leitos. Para isso, pacientes com outras enfermidades ou que já tiveram coronavírus que estão internados no Hospital Nossa Senhora da Conceição serão transferidos para outras duas unidades do grupo, os hospitais Cristo Redentor e Fêmina.
O Cristo Redentor dispõe de 29 leitos de UTI, mais 10 de retaguarda. No Fêmina, são apenas seis leitos de UTI.
— Teremos de fazer uma reengenharia dos espaços — diz o superintendente do GHC, Cláudio Oliveira.
Como é preciso contratar pessoal para ampliar a oferta de vagas, nesta semana começam a ser chamados profissionais que fizeram concurso público, foram aprovados e estão no cadastro reserva do grupo. As contratações serão temporárias, por seis meses, com possibilidade de prorrogação do contrato até 31 de dezembro.
— Não é um processo rápido, porque nosso RH precisa chamar as pessoas, ver se ainda estão interessadas, fazer os exames e cumprir os trâmites burocráticos. Isso leva, no mínimo, até a metade de março — projeta Oliveira.
Cada concurso costuma ter cerca de 20 mil inscritos. O GHC vai contratar médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas e auxiliares de higienização. Até o dia 8, a gerência deverá definir quantos profissionais de cada especialidade serão chamados.
Para fazer frente à ampliação da demanda, o Ministério da Saúde liberou mais R$ 15,6 milhões para os próximos seis meses, sendo R$ 2,6 milhões por mês em verba extraordinária. Esses recursos serão usados na compra de medicamentos, gases e equipamentos de proteção individual. O orçamento total do GHC é de R$ 216 milhões para custeio e a folha de pessoal é de R$ 1,1 bilhão por ano.
O Conceição pediu 30 respiradores ao Ministério da Saúde e recebeu a promessa de que chegarão nos próximos dias. Também solicitou ao governo do Estado o empréstimo de 10 respiradores. Se todos os movimentos derem certo, deverá chegar a 44 nesta segunda-feira (1º) e 59 nos próximos dias. Os leitos clínicos deverão passar de 116 para 170.
— Sempre que aumentamos os leitos de UTI, precisamos aumentar os clínicos, porque o paciente não sai do tratamento intensivo direto para casa — explica o superintendente.
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