O senador gaúcho Lasier Martins (Podemos) será candidato à presidência do Senado, na eleição marcada para a próxima segunda-feira (1º). Como sabe que não tem chances de vencer, Lasier reconhece que será um "anticandidato", com o intuito de ocupar a tribuna da Casa no tempo destinado aos candidatos para criticar a gestão de Davi Alcolumbre e pregar a independência da Casa.
— É uma oportunidade de revelar ao eleitorado brasileiro o que é o Senado hoje. Uma candidatura-denúncia — descreve o senador, que estima receber entre seis e oito votos dos colegas.
O lançamento de Lasier foi confirmado após uma reunião da bancada do Podemos, nesta quinta-feira (28). A maior parte dos senadores do partido está inclinada a apoiar Simone Tebet (MDB-MS). No entanto, o próprio MDB abandonou a candidatura de Simone e a maior parte dos senadores do partido negocia com Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato apoiado por Alcolumbre, pelo governo Bolsonaro e por partidos de oposição, como PT e PDT.
Simone manterá a candidatura mesmo sem apoio do partido, mas, como não há grande perspectiva de derrotar Pacheco, eventuais aliados da senadora se retraíram.
— A Simone levou uma rasteira, como se esperava. Quando o MDB percebeu que não tinha chances de ganhar, jogou ela aos leões — diz Lasier.
Em seu discurso na tribuna, o gaúcho deve criticar Alcolumbre, a quem chama de "ditador" por decidir sozinho a pauta de votações da Casa. Também deve questionar a interferência do Executivo para apoiar Pacheco nas eleições do Senado, oferecendo cargos e emendas a senadores, e defender propostas como a prisão após condenação em segunda instância.
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