O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
A notícia de que o PSOL avalia a adesão ao bloco que sustenta a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) à presidência da Câmara, mesmo mantendo a candidatura de Luiza Erundina, provocou um desentendimento público entre deputados do partido nesta sexta-feira (22). A informação, publicada no dia anterior pela CNN Brasil, revelou que o partido pode ajudar o grupo de Rossi a garantir quatro vagas na Mesa Diretora, o que serviria para atrair outros apoiadores ao candidato do MDB.
Nesta sexta, Erundina criticou o movimento no Twitter, e provocou reação de colegas. A deputada escreveu: “É lamentável que o PSOL negocie suas convicções e compromissos políticos históricos ao aderir ao fisiologismo e à barganha por cargos na Mesa da Câmara. Essa é uma prática dos partidos de direita com a qual eu não compactuo”.
Em resposta, a gaúcha Fernanda Melchionna escreveu que o tuíte de Erundina é “lamentável” e que, mesmo que o partido tenha lançado uma candidatura própria, a deputada paulista não estaria autorizada a “atacar o PSOL”.
“Todos nós temos história. O fato da senhora ter rompido com o PT para ser ministra de Itamar nos anos 90 não autoriza ninguém a lhe acusar de fazer a política baseada em busca de cargos. Da mesma forma respeite que no Psol defendeu que desde o primeiro um voto tático antibolsonaro (sic)”, postou Melchionna.
Os deputados Marcelo Freixo e David Miranda (ambos do RJ), Sâmia Bonfim (SP) e Vivi Reis (PA) também criticaram publicamente a publicação de Erundina. Já Áurea Carolina (MG) e Talíria Petrone (RJ) saíram em defesa de Erundina. Glauber Braga (RJ) escreveu que a notícia publicada pela CNN é “falsa” e foi “plantada pra desestabilizar o PSOL”.
A discussão entre os deputados reavivou a discordância sobre o lançamento de candidatura própria à presidência da Casa. O assunto dividiu a bancada federal e a candidatura de Erundina foi definida pela executiva nacional.
Na ocasião, Melchionna, Freixo, Miranda, Sâmia e Vivi defenderam o apoio crítico a Baleia Rossi, como forma de evitar a vitória de Arthur Lira (PP-AL), candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.
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